Camila Cruz - IDMC


O Instituto de Desenvolvimento do Mercado de Capitais – IDMC, em parceria com o ELITE, programa internacional de suporte ao desenvolvimento de negócios e captação de recursos do London Stock Exchange Group, a Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG) e o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), certificaram nesta terça-feira, 17 de setembro em Belo Horizonte, as nove primeiras companhias latino-americanas que se juntaram à comunidade ELITE.

A Cerimônia de Certificação da 1ª Turma ELITE Brasil realizada na sede da FIEMG, contou com a abertura do CEO do IDMC, Paulo Ângelo Carvalho de Souza, que deu as boas-vindas aos convidados e agradeceu à confiança das companhias participantes ao programa desenvolvido no Brasil pelo IDMC. “Decorridos 18 meses desde o início desta jornada junto à 1ª turma do Programa ELITE Brasil, é com grande honra que trilhamos, ao lado de empresas de excepcional qualidade e grande ímpeto de desenvolvimento, um caminho de amadurecimento e conhecimento em níveis de excelência global, permitindo que essas companhias acessem o mercado de capitais com grande sucesso em um futuro próximo, consolidando o IDMC como a principal instituição de apoio e preparação de empresas brasileiras para os mercados de M&A e Capitais”, declarou o CEO.

A abertura do evento contou também com a participação de Gláucia Anete Ferreira da Silva, Gerente de Inovação do BDMG que parabenizou o IDMC pela iniciativa e às empresas participantes que se comprometeram com o desafio de aderirem nos últimos 18 meses ao programa, gerenciarem suas empresas e driblarem os percalços que a economia do país passa de forma satisfatória. “O BDMG tem orgulho de ter participado da primeira turma do programa, pois além da função tradicional de crédito o banco também se preocupa em fomentar através de iniciativas como essa o impulsionamento da economia mineira” pontuou.

Finalizando as falas de abertura, Teodomiro Diniz, Vice-Presidente da FIEMG, demonstrou a satisfação para a Federação receber o evento em sua sede e destacou a importância da conclusão do projeto que objetiva criar um ambiente de negócios mais promissor e competitivo para as empresas mineiras. “Seu objetivo é fortalecer o ambiente de negócios do país fomentando o crescimento e amadurecimento das médias e grandes companhias brasileiras”, afirmou Teodomiro Diniz.

O lançamento oficial do programa no Brasil e o anúncio das primeiras companhias a serem atendidas no país, realizado dia 06 de março de 2018, inaugurou as atividades do programa ELITE no Brasil, como parte da rede global ELITE, fortalecendo o ambiente de negócios do país fomentando o crescimento e amadurecimento das médias e grandes companhias brasileiras e a realização de operações de Fusão & Aquisição e Mercado de Capitais.  O programa certificou, nove empresas de médio e grande portes que foram acompanhadas pelo programa por um período de 18 meses, são elas: PIF PAF, Embaré, Vilma Alimentos, Transpes, Lumar Metals, Labtest, Master Turismo, Lafaete e Grupo Ápia.

Na cerimônia de certificação, as companhias receberem os certificados de conclusão do programa ELITE pelas mãos do CEO do IDMC, Paulo Ângelo Carvalho de Souza e Eduardo Campos, Diretor de Desenvolvimento de Negócios do IDMC.

 

Além da certificação, as companhias da primeira turma ELITE Brasil tiveram a oportunidade de se apresentarem para um público de investidores e stakeholders do mercado de capitais.

O evento contou ainda com a participação de Rubens Menin, Executive Chairman da MRV Engenharia, que dividiu suas experiências nos mercados de M&A e Capitais.

Dentre os pontos abordados na apresentação, centrada em sua experiência à frente de empresas de diferentes segmentos e com reconhecido sucesso no mercado de capitais, Menin pontuou que o Brasil não tem o melhor ambiente de negócios, como mostra o relatório do Banco Mundial, onde o Brasil ocupa a 109ª posição em relação aos demais países do mundo e destacou que os empresários ali presentes, assim como ele, são verdadeiros heróis em sobreviver todos esses anos em um ambiente hostil, pouco amigável, com juros elevados, alta carga tributária, burocracia e leis trabalhistas perniciosas. Em contrapartida, destacou que estamos em um país continental com características muito propícias ao desenvolvimento e crescimento de bons negócios, com 8 milhões de km2 de extensão territorial, 210 milhões de habitantes, e por toda essa riqueza acredita que de fato o país é mesmo o país do futuro.

Além disso, Menin destacou que uma das melhores notícias deste ano de 2019 foi a queda de juros no Brasil e no mundo, diferente do que estava previsto pelos economistas, e isso foi importante para fortalecer o mercado de capitais, evidenciando que o mercado está sedento por ativos de boa qualidade.

“Cada vez mais o dinheiro disponível para investimentos vai ser maior do que a capacidade de geração de ativos. O mercado está sedento por ativos, os investidores querem bons ativos. Estamos entrando em um momento bom para as empresas, onde vai faltar ativos e vai sobrar dinheiro. E esse é o mercado de capitais que a gente quer surfar nele”, explicou Menin.

Para tanto citou uma experiência da empresa de logística em que é fundador e Presidente do Conselho de Administração, a LOG CP. “A LOG está listada na B3, mas começamos da forma mais tradicional, convidando um fundo para fazer um private placement, um fundo de fora, o Starwood Capital. Depois disso fizemos uma segunda rodada de investimentos, em que o Bradesco entrou como acionista, e então acreditamos que valeria a pena ir para o Mercado de Capitais. Os fundos que entraram em momentos anteriores poderiam ter se aproveitado da listagem na bolsa de valores para realizarem suas saídas, mas continuam até hoje porque acreditam que é um bom ativo” considerou.

O empresário considerou ainda que nos últimos anos as empresas melhoraram muito, ainda é necessário que melhorem muito em relação à educação financeira, mas enxerga um movimento de mudança de comportamento. “As empresas sempre pensaram no curto prazo, no que sobrava no caixa, com um planejamento financeiro ruim e hoje eu estou vendo que as empresas estão pensando mais na frente, estão começando a fazer planos de crescimento e investimento baseadas no mercado de capitais”.

Rubens destacou ainda que a tendência do Mercado de Capitais é de ser cada vez mais globalizado e que isso será muito positivo para o Brasil, inclusive para pequenas empresas que terão uma conexão maior com o mundo, inclusive no que diz respeito à tecnologia, que muitas vezes é mais interessante buscar em uma parceria do que em desenvolvimento.

Concluindo suas considerações, Menin reforçou que: “Apesar de todas as mazelas que a gente enxerga com muita clareza no nosso país, eu acho que que temos que lutar muito para vencê-las, porque é do nosso interesse. Eu vejo que nós temos que acreditar e ter coragem. O clima empresarial está abalado por uma série de razões, dentre elas o PIB que não teve nenhum crescimento em 3 anos, mas as coisas mudam; os segmentos têm suas particularidades, mas acredito muito que vamos ter boas oportunidades de crescer. Precisamos acreditar nesse binômio, que é o Mercado de Capitais e a geração de ativos, porque esse vai ser o nome do jogo daqui para a frente, formando um novo cenário econômico onde a competitividade vai ser cada vez maior”.

O evento encerrou com a palavra e agradecimento do Diretor de Desenvolvimento de Negócios do IDMC, Eduardo Campos, que agradeceu a todas as empresas participantes da primeira turma pela adesão ao programa, bem como aos patrocinadores Federação das Indústrias de Minas Gerais – FIEMG e Banco de Desenvolvimento do Estado de Minas Gerais – BDMG e a parceria de Credit Suisse Hedging Griffo, Fialho Salles Advogados, Grant Thornton, Ibmec, MZ Group e Paul Hastings.

 

Após o encerramento da cerimônia os participantes participaram de um coquetel de celebração.